O início

Desde dos dez anos estudo mitologia. Influenciada pela vasta biblioteca do meu pai, mergulhei em várias histórias, sejam fictícias ou não. Em minhas viagens sempre busco o conhecimento e trazê-lo para minha rotina. Os mitos são uma referência para a humanidade e por meio deles é possível fazer novas leituras e releituras em que a parte arquetípica é o que mantém a conexão entre os tempos antigos e atuais.

A magia está em trazer a tona os ritos que permeiam a humanidade e incorporá-los em novas experiências! A exemplo, do que ocorreu nesta viagem em comemoração ao meu aniversário de 40 anos que planejei ir a Nova York. Confesso que foi um uma mistura de improvisação e reação assertiva, e foi aí que tudo começou…

Na época era 3º Sgt Temporário do Exército Brasileiro e estava fazendo uma pesquisa histórica para escrever um livro fictício cujo enredo eram mulheres guerreiras sábias unidas a vitoriosos guerreiros na luta contra os diversos tipos de guerras: as mitológicas, as históricas e as imaginárias.

O viés era uma abordagem cultural sobre principalmente o papel da mulher em momentos de batalha. Com isso, fiz um roteiro de visita a museus e a academia militar West Point.

Antes de viajar, vivenciei alguns desafios.

O primeiro, voltei a um antigo grupo do qual havia me afastado. Difícil reencontrar e reviver o meu passado, contextualizá-lo com o meu presente.

O segundo, foi na véspera da prova de concurso para o Ingresso na Marinha. Resumidamente, passei a madrugada estudando e tive um ataque de pânico no dia da prova. Não sentia as minhas pernas e mesmo assim respirei fundo e fiz a prova. No final, entreguei a prova e sabia que não tinha sido aprovada. Fiquei muito chateada. Encontrei com a namorada do meu pai e chorei muito.

Era a minha primeira derrota, depois de todo um planejamento triunfante de se vivenciar uma experiência única em completar 40 anos em uma das cidades mais badaladas do mundo, estava desanimada e sem vontade de viajar. Faltava apenas um dia. 

Mesmo assim, como já escrevi aqui. Alguns anjos começaram a surgir. Uma delas foi uma, design que colocou cílios em mim. Comecei a me sentir bonita novamente. Além disso, ela segurou na minha mão e disse que a minha viagem seria incrível. Fiquei mais aliviada.

Outro anjo, meu eterno amigo que conseguiu agendar a visita a West Point e me disse que lá seria o melhor lugar para eu visitar em Nova York. Nem preciso dizer que é um amigo da caserna…rsrrs

Outro anjo, o Cel Serrazes que me recebeu com cordialidade e profissionalismo. Contou a história de cada lugar. Foi uma jornada de aprendizado. Porém, a maior lição aprendida naquele lugar foi a postura dos alunos daquela academia. Todos eram bem mais jovens do que eu e já bem treinados para as diversas missões. O respeito é a melhor estratégia em tempos de paz e guerra, me senti incluída naquele meio, mesmo sendo de outra nacionalidade. Jamais me esquecerei…

E no meio do caminho me deparei com a estátua da Deusa Grega Nike ou Nice, ou a Deusa Romana Victória. Filha de Palas e Estige. A deusa alada está associada as conquistas, glórias e triunfos. Era o símbolo dos militares romanos e reverenciada em uma procissão triunfal celebrando a glória do retorno do general nas multidões das ruas de Roma.

De uma certa forma, me senti tocada pela Deusa Nike naquele dia. Suas mãos certamente estavam me abençoando para um novo ciclo na minha vida.

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